Dr. Raul Alencar, nasceu na cidade do Crato, Estado do Ceará, a 30 de dezembro de 1896. Foram seus pais Abdon Leão da França e de Alecriades da França Alencar. O curso superior e secundário fez na cidade natal. O curso superior (Medicina), foi feito na Bahia e no Rio de Janeiro, onde colou grau a 01 de abril de 1921. Após a formatura, voltou ao Ceara, instalando consultório médico na cidade de Juazeiro do Norte, indo depois clinicar em São João do Rio do Peixe(hoje Antenor Navarro), Paraíba, passando em seguida a exercer suas atividades profissionais em Pau dos Ferros,
Em março de 1925, casou-se em Martins, Estado do Rio Grande do Norte, com D.
Ambrosinha de Oliveira Regalado Alencar, aí fixando residência, inteligente,
dedicado e muito humanitário, conseguiu dentro de pouco tempo a confiança e a
estima dos martinenses. Nesse mesmo ano foi eleito deputado estadual, por
indicação do dirigente local Emídio Fernandes. Em 1930, após a vitória da
Resolução, foi nomeado Prefeito de Martins, assumindo o cargo a 18 de dezembro
desse ano, nele permanecendo até novembro de 1935. Apesar da precária situação
financeira da edilidade, agravada consideravelmente com os rigores da seca de
1932, pode realizar importantes melhoramento, salientando-se a aquisição e
instalação do maquinário para fornecimento de luz elétrica na cidade, cuja
inauguração efetivou-se na administração do seu
sucessor, em março de 1936. Ainda
administrou o município de abril de 1944 a julho de 1947. Com a volta do pais
ao regime constitucional foi eleito deputado estadual nas legislaturas de
1946-1950, 1951-1955 e suplente de 1956 a 1960. Não chegou a terminar o último
mandato em virtude do seu falecimento ocorrido
a 17 de janeiro de 1957. Sua morte foi muito sentida em todo o Estado. A
Assembleia Legislativa Estado, da qual fizera parte, realizou uma sessão para
homenagear sua memória, falando nesta oportunidade os Deputados Antônio
Rodrigues de Carvalho, Túlio Fernandes e Múcio Ribeiro Dantas. A imprensa de
Natal e Fortaleza noticiaram seu falecimento, torcendo longas considerações à
personalidade extinta.
FONTE – LIVRO MARTINS DE MANOEL JÁCOME LIMA